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Vista do andar 16 - Andar do amor :)

Depois de postar duas vezes seguidas aqui vocês acharam que eu iria desaparecer por mais uns anos, não é mesmo? PEH - erraram!

Na verdade eu nem sei o que vocês pensaram ou deixaram de pensar, mas o que importa é que eu estou aqui e que vocês estão lendo, pelo menos eu acho.

Nesse final de semana viajei com a minha irmã para São Paulo, capital. Basicamente fomos fazer uma das coisas que fazemos de melhor: ficarmos juntos; falar algumas besteiras; tomar um bom copo de cerveja e sentir um lindo e informal Sarau de MPB. Adianto que foi pesado, estavam lá negos como: motel 11-11; João Guarizo; Leandro Leo; Dani Black; Taís Alvarenga; Gugu Peixoto; Maria Gadú e outros mais que vocês deveriam conhecer.

Se tem uma coisa sobre a qual refleti nesses dias foi sobre como é um amor leve para mim o que tenho com minha irmã, e com algumas outras pessoas que também não são da minha família. Um relacionamento que não exige nada de você além do seu amor, talvez porque provavelmente aquela pessoa ame você em proporções gigantescas, ou porque vocês são parecidos. Mas eu fico com uma equação em que as linhas dos dois lados já estão todas resolvidas. Não há nada que você precisa se esforçar demais pra ter o apreço da pessoa, ou na verdade é tão leve pra você fazer que acaba nem sentindo.
Amores que não são necessárias políticas de cumprimento; de despedidas; de medir palavras para dizer que você não está afim de fazer algo e quando você não medir a outra pessoa simplesmente não vai se sentir machucada e de duas uma: ou vai fazer esse algo sozinha ou vai inventar algo novo. Talvez arrisco uma terceira que seria fazer nada.
Sabem essas amizades profundas que você pode sumir por algumas semanas, meses, anos quem sabe, e que quando você retornar, tudo vai estar como você deixou.

Eu não estou contradizendo o que disse há algum tempo sobre o como temos que: abrir mão de algumas coisas, etc. etc.
Eu estou atrás de amores que sejam assim, leves. De amores que não exijam isso de mim, que me deixem amar por mim mesmo; que me deixam avançar. O amor não exige nada de ninguém, nem espera nada, ele só entrega e entregar essa oportunidade de não exigir, cara, é uma das maiores formas de amor do mundo.
Não precisa falar oi, perguntar da família toda e inventar assuntos; dê um abraço em vez de tudo isso e deixa a vida rolar. Não precisa falar tchau, acompanhar até a porta e esperar a pessoa virar a esquina; dê o mesmo abraço de tchau e fique ansioso pro proximo reencontro.
Se o ambiente estiver silencioso demais, fique feliz porque não tem prova maior de cumplicidade e amizade que ficar assim, calado um do lado do outro, sem dizer nada, e não ficar constrangido com isso.

Amem, não exijam; entreguem-se, devagar, na velocidade certa.

O rolê de sábado foi demais. Antes da onda boa de MPB, rolou uma tour pela Paulista com um grande amigo, e porque não dizer irmão? Tenho uma amizade leve com esse cara, é tudo na medida, sem exigências, sem chatices e regrinhas do amor. Sem ciúme, sem papas na língua. Foi esse cara que me fez perceber esse amor bom no final de semana. Cara que chega sem ter que abrir a porta, cara que vaza sem ter que fazer o mesmo.

Rafa, cê é o cara mano. Valeu por falar a língua da loucura tão fluentemente quanto qualquer outro, bro. Sempre que quiser, sobe no 16 e só entra.